segunda-feira, 9 de março de 2009

"As melhores e as mais lindas coisas do mundo não podem ser vistas, nem tocadas. Elas devem ser sentidas com o coração." (Charles Chaplin)

A seguir, poesia que fiz para uma pessoa muito especial:

Olhe-me...

...Olhe-me bem meu bem
Sinta-se amada
Aqui estou
Quando olhares em meus olhos perceba
Estou tão feliz por vê-la (conhecê-la assim)...
Por senti-la amante
Eu rabisco com os dedos sobre tuas sobrancelhas
Marcando território...
Deixo sinais para os anjos a protegerem eternamente com o meu amor
Porque, seja como for, o que realmente é nunca deixará de ser...
Então me olhe
Olhe-me bem meu bem
Perceberás que muito do que queres, já existe
Nossos olhos se encaixam perfeitamente
Se fechando em juras de amor sem fim...
Quando se amam no beijo apaixonado
No prazer desenfreado
Na risada boa de uma piada boba
Nas preocupações
Nos sonhos...
Quando se amam agora.
...Traduzem a grandiosidade da essência de um momento para todo o corpo
Para toda a alma
Para todo o sempre...
Quando amamos nosso poder de visão cabe no infinito...
A visão do amor passa a ser o que temos
Descobrimos que enxergamos simplesmente por nele crer.
E que a cegueira é a ausência do amor.
Então me olhe!
Olha-me... Olha-me...
A cada dia mais...
E mais...
Meu bem.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

E o que você faria se podesse viajar no tempo?

Eu estou sempre viajando no tempo. Revivendo sentimentos e remendando dores.

Abaixo, segue uma das novas composições que logo estarão sendo gravadas no estúdio do Felipinho (o Salt).

"Meia noite inteira
(Luciana Lívia)

Eu sabia
Que você não me aceitaria
E quem nesse mundo me aceitaria assim?
Eu já sei...

Deveras deverás partir
Um dia talvez
Só não pense que eu me sinto bem
Ou mal.

Se eu soubesse
Encontraria as palavras certas
E o caminho mais doce pra nunca me culpar
De nada...

‘Partidas’ partidas ao meio
Ninguém veio ou vai
Enlaces abstratos
Pra frente ou pra trás?

E a gente finge que não vê (beijando)
E a gente finge que não vê (sorrindo)
E a gente finge que não vê (cantando)
E a gente finge que não vê (traindo a si)

'E o amor verdade
Que não explode a população da Terra?'
Quem nesse mundo me livraria disso
Eu já sei...
‘Falta’ falta ser sentida
Com fervor e agonia
Ao amar dois corações
Que não se amam a três.

E a gente finge que não vê (beijando)
E a gente finge que não vê (mentindo)
E a gente finge que não vê (sangrando)
E a gente finge que não vê (caindo em si)..."

You left me unsatisfied and then left.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

E como estive...

HÁ DOIS 'À DOIS' EM TUDO EM MIM

Engraçado como os momentos são tão volúveis e preciosos. Eles podem nos envolver no êxtase do ouro ou da lama e nos fazer sentir o gosto do infinito, amargo ou doce. No ouro, você passa a sorrir sem precisar mover os lábios. Sensação divina. Você torna-se um sorriso e nessa alienação saborosa engana a si mesma e passa a querer enganar o mundo. E mesmo que revide não consegue parar, os relógios estão em todo lugar e não se pode perder tempo remendando dores. Na lama, você cansou de todo ouro. E você sente saudades dos amores, das cores, dos valores. Na imaginação mil idéias para buscar felicidade ou simplesmente alguns momentos de alegria. Você se sente só e pequeno.

Mas a vida é tão louca. Super louca! E os sentimentos humanos tão indefinidos. De repente para alguém o ouro é lama, e para outro a lama é ouro. E nessa lógica não lógica, diversas interpretações e conclusões. O fato é que no momento EU me sinto entre os dois ambientes. Entre o ouro e a lama. Eu preciso me adaptar? É preciso?

Só os momentos tão volúveis e preciosos para me salvarem. Porque na parede do meu quarto e no pulso do vigia do meu prédio (por exemplo), os relógios reinam, e eu não tenho muita escolha. Eu recuso adaptação, entretanto parece haver conformação. Tudo por uma missão, que já não sei o quão saudável é para mim. Porque me limita, me prende, me oprime. Os resultados do meu trabalho devoto estão chegando, mas eu tenho medo de serem ciladas. Talvez por estar tão exausta. E não há ilhas para fugir. Falaram-me de serras, de frio, de abraço, de beijos, de compreensão... Eram apenas ciladas. Se você não for perfeita (fingir perfeição), passa a ser mal vista. A não ser que você minta com naturalidade, eu não sou tão boa nisso. Prefiro a verdade, e se ela me dói, agarro-me à missão. As pessoas são muito inseguras, e querem arranjar algum culpado. Eu detesto culpar. Culpa pra quê? Culpa desculpa, mas não quero me culpar de sentir culpa. Eu costumo achar mais interessante a compreensão e a paciência. Não espere, aja. Sem pressa e atitude sempre. Atitude que seja saudável para você. Atitude no amor. No amor não há padrões, você faz o seu amor, da sua forma. “Amor utópico”? Talvez.

Eu queria falar mais NÓS. Mas nessa escrita falo de mim. Do ouro e da lama. Da missão e da exaustão. Dos bons resultados e do medo da cilada. Das ilhas e da cilada. Do trabalho e do amor. EU que tanto sorrio e para muitos estou bem, estou assim. Num caminho ‘reto torto’ em tudo que vivo. Sempre entre dois lados. Sempre incompreendida. E cheia de gente que me sufoca feito moscas no prato. Alguma delas eu queria sempre comigo. Mas como não posso ser perfeita... Melhor esquecer.

Quero apetite novo. Quero borboletas. Quero crescer.

(Luciana Lívia)